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18/07/2010

Eu e Sylvia

Quando escrevo poema
Me corto em transe indolor
Entro por acaso e há uma festa silenciosa de Buda
Do meu corpo sai sangue imaculado, perfeito
De mim sai alívio de instantes
E o mais próximo que posso chamar de
Universo

Um pênis lindo
De um empresário fora de forma
É marca do sistema
Dinheiro
Me penetra (nela também)
Sentimos carne, fórmula
Prazer?
Macho atolado
E não amamos
Poetas pensam que amam
São nulos nessa clareza de realidade
Reis do barro

Eu não sou Sylvia Plath
Mas sou como ela
Altiva, dura, mãe
Oblíquia aos livros de receitas
Seios, sopa, churrasco
Colo pulsante à toa
Para filhos misteriosos
Astutos ao capital - batons e carros
Filhos do ferro e iogurte
Risos reais

Nossos sangues escorrem
Amarrados à pedregulhos
Na rua movimentada

Somos ambas péssimas manejadoras de facas
Filhos da horda remanescente e fênix de plástico
Da feira onde se encontra a verdade
Nunca existimos
Se o existir não for ser como a Lua.


Gian Luca

6 comentários:

Unknown disse...

legal
achei meio diferente a estrutura
mais gostei
xD

Papéis ONline disse...

oi info nesse link

http://papeisonline.blogspot.com/2010/07/seletiva-de-textos-contos-poemas-e.html

Anônimo disse...

seu blog ta bem legal mais dimui um poko o cabeçario
dexai uns 995 X 220 que fica perfeito vlw.

http://brazilian-hacker.blogspot.com/

Anônimo disse...

Olha só! Très chic ici! \o/
USHAUHSUAHSHHSUHHS =)
Depois lerei postes antigos com mais calma.
Pelo que vejo, manja tudo de arte, cinema, né?! Que barato!
Eu também gosto, apesar de não aparentar e ser uma das pessoas que menos assistiu a filmes nesse mundo. :/ UASHAHSHAUHSUAHUSHAHSH
Mas pretendo mudar essa realidade, se nada tomar meu tempo por completo, né?!

Obrigada pelos comentários no apenas uma fresta, viu?! Adorei que tenha "aparecido"!=)

Beijo =*

Losterh disse...

É como pizza. Quanto mais se corta, mais pedaços se tem.
Não que isso represente vantagem.

T.S. Frank disse...

Olá, Gian! Bem... Como na sua descrição você diz "apaixonado"... Então... Concluo que você é um guri.

Poxa... Esse "decifrou a minha vida" tocou fundo. É tão bom quando achamos pessoas que partilham das mesmas angústias.

Seu poema é algo sublime. Como notas que vão e vêm... Com um tom misterioso.

T.S. Frank
www.cafequenteesherlock.blogspot.com