Blow-Up - Depois Daquele Beijo (1966) - Direção: Michelangelo Antonioni
Antonioni redifiniu o cinema na década de 60. E como ele fez essa façanha? Empregando o silêncio na tela. Silêncio constrangedor e inevitável. O diretor tanto primou pelo silêncio (e porque não, vazio existencial) que compôs a trilogia de Icomunicabilidade (A Aventura, A Noite e O Eclipse), filmes que trazem o silêncio como um vilão nas relações humanas. O cinema de Antonioni se opôs drasticamente ao cinema hollywoodiano. Em Blow-Up, o fotógrafgo Thomas (David Hemmings), aprós presenciar um assassinato através das lentes de sua câmera, vai atrás de ajuda para denunciar o crime. Thomas acaba topando com a apatia dos amigos, que não querem ajudá-lo, não querem se envolver, afinal, quem liga para um simples assassinato? A banalidade das situações atinge o fotógrafo, e a sequência final é uma mistura de desilusão com conformismo, e claro, tudo embalado no mais puro silêncio.
O Iluminado (1980) - Direção: Stanley Kubrick
O Iluminado (1980) - Direção: Stanley Kubrick
No auge da sua loucura, Jack (Jack Nicholson) pronuncia uma das frases mais marcantes do cinema, frase essa improvisada pelo ator. O rosto naturalmente aloprado de Nicholson, com seu sorriso macabro e o rosto enfiado na porta é também uma das imagens mais poderosas que o cinema americano já produziu. O filme possui outras dezenas de cenas marcantes, mas esta com certeza é a que mais grudou na mente do espectador e que traz toda a aura da película.
A Noviça Rebelde (1965) - Direção: Robert Wise
Todas as canções do maior musical já feito são marcantes, todas. Porém, Do Re Mi configurou o mito em torno da obra, pelo seu brilhantismo e vivacidade. A coreografia simples, que não destoa dos personagens, as paisagens da belíssima Áustria e o carisma de Julie Andrews são inseparáveis da música em si.
A Doce Vida (1960) - Direção: Frederico Fellini
Assim como Antonioni, Fellini reproduziu o vazio da classe média/alta italiana, a burguesia perdida. Nesta cena, a atriz Sylvia (Anita Ekberg) entra na fonte Trevi e se deixa levar pelo som da água, tudo aos olhos do jornalista Marcello (Marcello Mastroianni). A cena é um misto de tristeza, felicidade, reflexão e glamour. Fica difícil ir à Roma e não querer fazer o mesmo.
Pulp Fiction - Tempo de Violência (1994) - Direção: Quentin Tarantino
A obra-prima de Tarantino marcou a década de 90. Redefiniu a violência (banalizando-a), as referências artísticas, ironia e montagem inovadora, todas grandes marcas de sua filmografia. Na sequência em questão, Mia Wallace (Uma Thurman) e o matador Vincent Vega (John Travolta) dançam descontraídos numa lanchonete cult. O visual de Thurman é um ícone em si mesmo.
Luzes da Cidade (1931) - Direção: Charles Chaplin
Um dos melhores finais de todos os tempos, é imprescindível de entrar nessa lista. A sequência prima pela leveza, timing perfeito e o mais importante, o rosto de Chaplin se abrindo com um sorriso.
Doa a quem doer, Titanic marcou a década passada. Muitos amam, muitos odeiam, o fato é que o filme trouxe novas possibilidades de efeitos especiais, apesar da história 'clichê'. A sequência escolhida não é do naufrágio, mas sim do casal Jack (Leo DiCaprio) e Rose (Kate Winslet) na proa do navio. Uma das cenas mais copiadas, Jackie abre os braços da amada e o amor finalmente se dá. A cena é embalada pelos acordes da bela canção de Celine Dion, My Heart Will Go On. Titanic é outra obra repleta de cenas marcantes que foram copiadas e citadas.
Taxi Driver (1976) - Direção: Martin Scorsese
Taxi Driver (1976) - Direção: Martin Scorsese
Uma das obras-primas de Scorsese, Taxi Driver mostra a evolução do revoltado taxista Travis Bickle (Robert De Niro) para a insanidade, dentro de uma sociedade detonada. A frase 'Are you taling to me?' é uma das mais famosas e parodiadas de todos os tempos, frase essa que define o espírito masculino e a transformação de Bickle.
Cantando na Chuva (1962) - Direção: Gene Kelly e Stanley Donen
Considerado pela crítica especializada o melhor musical já feito (para mim, só perde mesmo para A Noviça Rebelde), Cantando Chuva é outra obra que possui todas as canções como um marco. Entretanto, Gene Kelly dançando e cantando na chuva a música-tema é o clássico dos clássicos. O genial Kelly pegou até uma pneumonia depois da filmagem, mas valeu a pena, não?
Moulin Rouge (2001) - Direção: Baz Lurhman
Moulin Rouge (2001) - Direção: Baz Lurhman
Moulin Rouge reascendeu o gênero musical, que estava praticamente morto desde a década de 70. Lurhman misturou perfeitamente conteúdo pop, números clássicos e também uma clássica história de amor num turbilhão de cores e psicodelia. A sequência escolhida é provavelmente o medley mais romântico já feito, com uma Nicole Kidman e um Ewan McGregor inspiradíssimos. Infelizmente, esse gênero parece estar perdendo a vida outra vez.
Amor, Sublime Amor (1961) - Direção: Robert Wise e Jerome Robbins
A sequência de abertura de Amor, Sublime Amor é extraordinária. Após uma ousada passagem de cores sensacionais, o filme nos entrega uma coreografia contagiante nas ruas de Nova York, toda composta por homens e cores em continuidade com a sequência anterior. O filme é uma releitura de Romeu e Julieta, brilhante.
Psicose (1960) - Direção: Alfred Hicthcock
Psicose (1960) - Direção: Alfred Hicthcock
Vários filmes de Hitchock possuem cenas marcantes, que ficaram no imaginário popular. Só que a cena do chuveiro é obviamente a mais lembrada, copiada em diversos contextos. A cena representa o cunho violento que permeou todo o trabalho o diretor.
O Poderoso Chefão (1972) - Direção: Francis Ford Coppola.
O filme que ameaça tirar Cidadão Kane do posto de 'Melhor Filme de Todos os Tempos' (já está em segundo lugar na lista de AFI), tem um início poderoso. O chefão Vito Corleone (Marlon Brando) em seu escritório atende o pedido de um apadrinhado enquanto a festa de casamento de sua filha rola lá fora. A atuação de Brando, a fotografia e a trilha sonora compõe com perfeição a cena que abriga todas as características de um dos maiores filmes americanos já realizados.
O Exorcista (1973) - Direção: William Friedkin
Apesar de não assustar tanto quanto na época que fora realizado, O Exorcista ainda choca pelas cenas pesadas e pelo tema controverso. Várias lendas cercam a obra e ele ainda se mantém com um dos melhores filmes de terror de todos os tempos, sem dúvida. É outra obra-prima também recheado de cenas marcantes.
Mary Poppins (1964) - Direção: Robert Stevenson
A obra-prima musical da Disney, que mistura animação com pessoas, marcou a infância de muita gente (inclusive a minha). Tendo a babá mais famosa do mundo (Julie Andrews ganhou o Oscar de Melhor Atriz, em seu primeiro trabalho nas telonas), Mary Poppins é divertido, emocionante e com músicas contagiantes. A sequência escolhida possui a música mais ícônica e lembrada.
Mary Poppins (1964) - Direção: Robert Stevenson
A obra-prima musical da Disney, que mistura animação com pessoas, marcou a infância de muita gente (inclusive a minha). Tendo a babá mais famosa do mundo (Julie Andrews ganhou o Oscar de Melhor Atriz, em seu primeiro trabalho nas telonas), Mary Poppins é divertido, emocionante e com músicas contagiantes. A sequência escolhida possui a música mais ícônica e lembrada.
Um Estranho no Ninho (1975) - Direção: Milos Forman
5 comentários:
Adorei os vídeos, mas ainda prefiro a Noviça, e cantando na chuva ;D
TENS AQUI UM POST QUE FAZ HISTÓRIA...SOUBESTE SELECCIONAR,DESCREVER SUCINTAMENTE O ESSENCIAL...E VI TODOS OS VÍDEOS...ALGUNS CONHECIA ,OUTROS NÃO...
FOI UMA IDEIA BRILHANTE...
TUDO MARAVILHOSO...ESTÁS DEFINITIVAMENTE DE PARABÉNS...GIANT!!!
OBRIGADA POR ME TERES FEITO PERDER TEMPO...
UM ABRAÇO DAQUELES...DOS TAIS...
Cara, você escolheu cenas verdadeiramente antológicas, rs
Gosto muito das de O Iluminado, Moulin Rouge, Tempos Modernos (amo aquele final) e aperfeita cena de Psicose! hahahaha
Abs.
ótima lista, não vi todos mas os que vc citou tem todo merecimento de estar ali.
Andinhu.
Já vi várias listas com este tema, e este é simplesmente a melhor. Tem até Mary Poppins. *-*
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