
Ser ou não ser, eis a questão. Será mais nobre na mente suportar as pedras e flechas do destino ultrajante ou pegar em armas, contra um mar de desditas, e resistindo-lhes, dar-lhe um fim? Morrer. Dormir, não mais, e dizer que com um sono, curamos o mal do coração. E os mil acidentes naturais, de que a carne é herdeira, é a solução a ser fervorosamente desejada. Morrer...dormir...Dormir! Talvez sonhar! Sim, essa é a questão. Nesse sono de morte, que sonhos virão ao nos livrarmos dessa mortal espiral. Devemos fazer uma pausa. É o que torna uma calamidade, vida assim tão longa, pois quem suportaria os açoites e escárnios do tempo, a injustiça do opressor, as afrontas do orgulhoso, as aflições do amor desprezado, os atrasos da lei, a insolência oficial, e o que o mérito recebe dos indignos, quando por si poderia conseguir sossego com a ponta de uma faca. Quem gemeria sob o fardo de uma vida cansada, a não ser pelo temor de algo após a morte, a desconhecida região da qual viajante algum retorna, temor que confude a verdade, e nos faz preferi suportar nossos males, a fugir para outros que não conhecemos.
Hamlet (1948)
1 comentários:
Cheguei a conclusão que eu não gosto desse filme.
Dia desses revi o clássico da Disney com meu irmão de 7 anos, e concluí que pra "entrar no clima" precisaria fazer uso de uns 20 LSD, ou me embriagar... mas como sou "careta", tive que engolir a seco mesmo, ou melhor, me acabei na "bala Juquinha", e aí sim deu "uma onda"... e a versão do Tim Burton também não me fez mudar de ideia... acho tudo muito doido... até mesmo pra mim, que sou um pouco "freak".
Postar um comentário