
Brando interpreta Sir. William Walker, agente britânico que é mandado ao caribe para libertar a população do domínio português. Entretanto, é óbvio que a Inglaterra incita a revolução do povo em prol de seu próprio interesse, que é o de ter controle sobre a exportação de açúcar.

Pontecorvo cria uma obra realista, sem pecar para uma construção maniqueísta, vulgar ou clichê. E essas características se aplicam desde a linguagem (português fala português e assim por diante) até ao protagonista. Walker é um homem complexo, com uma sutil luta interna entre o seu dever e a moral. Também temos o revolucionário Jose Dolores (Evaristo Márquez), que não é o herói perfeito. Márquez dá o tom certo ao seu personagem, criando um homem delicado, corajoso mas ingênuo em alguns aspectos.

O astro-rei (como diria o crítico Rodrigo Fonseca, corroborado pelo almejante a crítico, Gian Luca) adorou fazer o filme justamente por esse realismo (algo que ele não teve em Viva Zapata!) e por ser uma película com um dos seus assuntos preferidos: a injustiça da escravidão. De certa forma, o ator sentiu que estava lutando por alguma causa. Adorou, apesar das excentricidades de Pontecorvo, como repudiar a cor roxa e filmar com um casaco debaixo de um sol de 40 graus.

0 comentários:
Postar um comentário