A Doce Vida (1960)
Talvez o filme mais aclamado de Frederico Fellini, A Doce Vida retrata as noites intermináveis e vazias da burguesia italiana aos olhos do jornalista Marcello (Mastroianni). No melhor estilo do diretor em fazer cinema, Fellini pouco se importa em fazer uma linha objetiva e clara de suas intenções. Magistralmente, o cineasta joga na tela o que se vê, o que é real, o que se sente, tudo permeado pelo onírico intríseco. Sua preocupação em retratar o real era tão grande que Fellini deixava os atores à vontade para fazer o que bem entendessem, alegando que um maior controle tiraria a veracidade do conteúdo. Essa técnica é claro, deixava alguns artistas loucos da vida.
- Sua casa é um refúgio, sabia? Seus filhos, mulher, livros, amigos extraordinários. Eu perco meus dias. Não realizarei nada. Antes, tinha ambições mas acho que estou perdendo, esquecendo tudo.
- Não creia na salvação fechando-se em casa como eu. A vida miserável é melhor que, creia, uma existência protegida por uma sociedade organizada com tudo previsto, tudo perfeito.
Se ele (Fellini) te escolhia como ator convidado, ele não queria ter de explicar em palavras o que queria. Ele queria que você, de algum modo, entendesse por si próprio, pois explicar em palavras seria dimensionar, detalhar. Iria estregar tudo e acabar com sua imaginação maravilhosa.
Donald Sutherland, ator.
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4 comentários:
Federico Fellini, um mestre.
Estou vendo esse filme agora. :O
Esse filme é uma obra-prima.
Ainda não vi esse filme, uma vergonha.
Eu queria comprar a edição especial, mas meu orçamento me impediu =(
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