Recent Posts

07/05/2010

Entrega

A vida e a morte não significam nada. Sonhei com jardim e amor sob suor que personifica a alma. Desespero quase sem luz e mente que é misteriosa. Quero ele sem dúvidas. Meu rosto e braços sobre seu corpo, pernas de moça em lençóis velhos e limpos é a última chance de intensidade e esperança do que chamam de vida. Sem ele são apenas partes cansadas não tentando nada ou errando. Vagar costumeiramente sem ele é a solidão. Palavra com significado. Corpo que funciona sobre pedregulhos cheio de podridão, anatômico e lapsos longos de lucidez fingida. O destino traidor esperava pacientemente na culminação da tragédia. Agora me deito sem chão que tinha antes em espera. Esperar não é viver. Segundo. Foi. Vem de novo. Nada novo. Mente anda como pássaro consciente de asa quebrada, que leva às costas alguma impressão do lago da morte de Virgína morta, depois de vê-la. Tão estúpido e incoerentemente mortal. Perdeu-se sem saber no poder dado por Deus e se entregou pensando o que tinha direito por véus opacos e meio rasgados. O tempo passa mais rápido para os melancólicos, pois eles carregam o peso dos segundos racionais. Carceragem é mundo em flores e asfalto esquecido pelos carros que arrefecem sob o novo tempo. O sol incomoda.

Parte de Trechos, ainda em formação.

0 comentários: