Recent Posts

06/09/2010

Salvação

No ano zero

Provetas alucinadas - Verdes
Para essa minha pele marrom
O branco do azulejo
Os manequins aterrorizantes
Os passos como reuniões de guerras
Como fatias de mussarela

O céu tão vazio como empresas
O chão cheio de cacas
Cacas, cacas, cacas

Casa, cascas

Aos dez
Eu vivo à sombra
Dos congelados
A escola como gigantes mortos

Aos vinte
Eu habito a tumba de um sábio
Dê-me sangue azul
Que assim eu te destruo
Em dois minutos

Aos trinta
Tire as minhas infecções como tiram
Fraldas de bebês
Feridas depois de queimar-se
Nas mortalhas para cupins - Caixas exatas

Livre-me da poesia
Que eu te livro de presenciar
Um suicídio monótono

Não me faça voltar
Para as peças de olhos verdes.

Gian Luca

3 comentários:

Roderick Verden disse...

Muito bonito!
Prolfaças!

Roderick Verden disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kamilla Mengali disse...

Não se deixe ter certeza de que tudo esta podre, caso contrario nunca se sentirá capaz de fazer a diferença; dentro de você!
Se o mundo não pode ser salvo e limpo de sua mediocridade, se purifique a diferença começa por você.