No ano zero
Provetas alucinadas - Verdes
Para essa minha pele marrom
O branco do azulejo
Os manequins aterrorizantes
Os passos como reuniões de guerras
Como fatias de mussarela
O céu tão vazio como empresas
O chão cheio de cacas
Cacas, cacas, cacas
Casa, cascas
Aos dez
Eu vivo à sombra
Dos congelados
A escola como gigantes mortos
Aos vinte
Eu habito a tumba de um sábio
Dê-me sangue azul
Que assim eu te destruo
Em dois minutos
Aos trinta
Tire as minhas infecções como tiram
Fraldas de bebês
Feridas depois de queimar-se
Nas mortalhas para cupins - Caixas exatas
Livre-me da poesia
Que eu te livro de presenciar
Um suicídio monótono
Não me faça voltar
Para as peças de olhos verdes.
Gian Luca
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3 comentários:
Muito bonito!
Prolfaças!
Não se deixe ter certeza de que tudo esta podre, caso contrario nunca se sentirá capaz de fazer a diferença; dentro de você!
Se o mundo não pode ser salvo e limpo de sua mediocridade, se purifique a diferença começa por você.
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