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02/09/2010

As mulheres

A noite - Saia branca
Encarquilhada - Engessada por causa
Das lambidas dos efebos
Os séculos não ensinaram nada

Um líquido amarelo
Fedorento como igrejas
Escapa da saia - Um gritinho aquém
E como o fluxo de um rio - Uma cobra cega
Escorre pelo asfalto sem me tocar

Meus dedos são paliçadas romanas
Para os romanos - Sóbrios como venenos
E não para
Luas cheias mensais imprestáveis e humilhação
Sangue, bebês - De que me servem?

Dourado e escondido
Como moeda de bolso
De colecionador
Eu respiro na floresta negra
Da androginia ativa. O sol como redingotes vermelhos.

Gian Luca

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