Eu queria ter as tolas palavras certas
Nunca fora do propósito e burocráticas
Para engolfar o mundo com minha dor
Puxar a gente para o abismo e bater com força que revigora - tendo que soltá-las
Na solidão de uma casa sem móveis e descascada
Com cheiro de gente velha que vive
Rodeado pela vegetação moribunda e noite temida
Eu queria escrever um poema
Que nele estivesse tudo
E então eu não teria mais trabalho
De voltar.
Aqui e agora, pele, carne, osso e o escambau da matéria
Cérebro falhando aos poucos e só
Gente a minha volta a dizer nada
Eu quero essa agonia em pauta
Quero o dom maligno de Sylvia Plath e Anne Sexton
E não morrer em vão, mas morrer com os braços sobre o mundo.
Gian Luca.
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1 comentários:
A arte de Frida reflete em muito esse grande conflito que era a vida dela...
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