A minha existência é ameaçada pelos fatos.
Eles são frios como os olhos de uma víbora:
Cercando, analisando e aniquilando meus sonhos.
A vida de um sonho tem os fatos como vísceras.
Sua vontade é calculada, concentrada
Cristalizada como as dimensões de uma estátua.
O fato é um corpo completo, auto-suficiente
Sem sutilezas, sem surpresas, engenhoso
Em sua exatidão animal.
Quanto está com raiva
Suas garras borram minha criação.
A caneta vira uma arma suicida,
Sem utilidade sob a destreza imbatível.
Seu poder me mutila,
Enegrece meu coração e entorpece meu cérebro.
Eu fui enganado pelas artimanhas dos fatos antes de criar.
Gian Luca.
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