Uma estátua de alcaçuz
Vermelha como o nascimento
Na praça
Eu nunca fui ou deixei de ser ou nunca serei
Eu sou
Minha retina branca de ver tudo
Cada ser humano um aniquilamento
Cada prédio algo mais
Cada animal Deus
As formigas são companheiras do silêncio
Elas não me devoram como fazem os pais
Eu sou a criança-pérola, não sou de criança nenhuma
As minhas companheiras passam por mim como o destino
O sol irradia, somos iguais
Alguns de seus raios se escondem
Por debaixo das minhas juntas como vermes
Obviamente eles não irão me destruir
Como farão com você, meu admirador
A grama por debaixo dos meus pés
É tão diferente de uma língua materna
Ela é aparada todo mês, ela não me corrompe
Não me tapa um tiquinho sequer
Eu sou a estátua, a estátua
E eu sou a Arte, a Eternidade, a História,
A Passagem, a Indiferença, a Admiração, a Insensatez,
O Mundo
Eu sou Deus, quero dizer.
Gian Luca
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