Veste branca. Castelo branco.
As notícias passam despercebidas como os anjos.
Pés gelados e uma conversa morna entre o silêncio e o silêncio.
Um olhar competente atrás, atrás.
O tempo parou sozinho.
Nas paredes brancas milhares de olhos gelatinosos
Formam um papel de parede. Há um mar repleto de peixes ali.
Ele forma um brinquedo com as mãos, ele é um mágico.
Irá me transformar para sempre.
Eu sou uma convidada de honra e é por isso
Que há uma sandália de prata nos meus pés.
Um ruído é como uma canção de ninar. Adormeço
Nos braços de Castela e Bathory com seus quepes sujos.
O sangue é discreto e macio.
Estou limpa como uma virgem.
Cada pedaço é retirado com cuidado
Como se fossem dentes de ouro.
O líquido é posto num jarro, um achado.
Dali por diante ele vai se misturar com os musgos
E um verde terrível penetrará meus sonhos.
Eu sou aquela que parou de sonhar.
Gian Luca.
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