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09/08/2011

Safra 2011

A estrada não é mais pura

Nela habitam vozes maternas e não há surpresas.


A voz do caminhoneiro é suave como sua vida,

Seus olhos piscam de ternura.


As árvores são como deusas. Suas raízes

e folhas adormecem no escuro eterno. O futuro é garantido.


Eu atravesso a estrada com a atenção de um moribundo.

Há um último suspiro para o começo que não se nota;


E de repente. O mistério.

O rabo da raposa é laranja!


As amoras fincam seus destinos como sombras

E o pastor reúne sua família.


Sangue, sangue. O corte

Dos dedos hesita de felicidade


E o amor quase surge.



Um chapéu florido acena como estrela.


Gian Luca

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