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10/09/2010

Falha

Uma redoma de vidro. As Filhas
De canhões cuspindo cuspindo cuspindo
Silenciam o pedido de orquídeas

Elas
Com seus olhos coloridos
Como glóbulos infantis
Indestrutíveis como a Religião Morta
Jogam com vidas como
Mascam chicletes

Eu, a mulher de trinta, que trinca
Vulgar e de leite
Cigarros e pertences - antes, antes
Dou meu braço para o enlace das bocarras - ossos como
Cubos de açúcar
E em mudez eu passo

Uma passagem entre
O céu e o Inferno
Uma espiada no bunker
Um estudo sobre viventes
Sobre Luz e sombras eu passo
E morro sem gotejar / Uma Falha arquitetônica

Em mim
O ar e o ar a terra a mesa
Em mim nada

A pólvora povoa os campos as
Estradas adubadas por
Globos escuros e cavos.


Gian Luca

3 comentários:

Caio Gomes disse...

Cara você é um poeta nato, muito booom!!! :)

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ald Junior disse...

Sobre Luz e sombras eu passo
E morro sem gotejar...

Em mim
O ar e o ar a terra a mesa
Em mim nada

perfeito!!! um dos melhores que já li = )